Há uma altura na vida em que as nossas características deixam de ser boas ou más e, simplesmente, são nossas e o metódico "vou mudar" deixa de fazer sentido.
Podia ser pior, podia ser uma cabra insensível mas não me encaixa bem esse papel, sim sou intensa, sim levo tudo a peito e sim, caraças, sinto em demasia enquanto não me sentir confortável. Na minha cabeça, a insegurança, faz-me procurar por penhascos e labirintos motivos para confiar, de vez em quando encontro a saída, outras vezes não. Há uma altura em que os defeitos e qualidades deixam de poderem ser moldadas e não, não há segunda feira que nos faça termos vontade em recomeçar, não há perdão para pecados passados e, não há possibilidades em fazer de conta que nada aconteceu. Não, hoje ainda não. Não há empatia que aconteça de tal forma que tudo está bem, tudo está como deve de ser, tudo é perfeito, que não há, que não existe. Pelo menos, não por agora.
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