Quando vires os teus olhos a verem-te, quando não souberes se tu és tu ou se o teu reflexo no espelho és tu, quando não conseguires distinguir-te de ti, olha para o fundo dessa pessoa que és e imagina o que aconteceria se todos soubessem aquilo que só tu sabes sobre ti.
José Luis Peixoto
quarta-feira, 27 de junho de 2012
terça-feira, 19 de junho de 2012
"Anda daí, vem sentar-te na lua comigo. Imagina o trabalhão que tive, mas agarrei uma estrela só para ti.(...)Por
isso talvez a nossa amizade venha de outro tempo, um tempo sem tempo,
uma existência eterna e paralela onde tu também tens dezoito anos e
todas as noites podemos subir à lua e apanhar estrelas. Agora elas andam fugidias, a
tecnologia tornou-as mais rápidas e são muito difíceis de apanhar. Anda daí, vem sentar-te na lua. Nunca
está frio cá em cima e instalaram umas escadas rolantes para não nos
cansarmos na subida. A Lua forrou-se de almofadas brilhantes e distribui
mantas e bebidas aos visitantes. Negociei um lugar cativo com o
patrocinador oficial e assim podemos ir todas as noites, se quiseres, se
puderes, se tiveres tempo e vontade, tu que andas sempre a correr
contra o tempo, contra os comboios, contra quem está contra ti.
Nem sempre conseguimos encontrar-nos no tempo presente, nem sempre tens
tempo para mim, mas eu sei que posso contar contigo, que num momento de
crise estarás ao meu lado, que voltarás sempre, porque se a vida é um
eterno regresso a casa, a amizade é um amor eterno. Por
isso anda daí, vamos os dois um bocadinho à lua e quando voltarmos
estarás mais bela e mais feliz e podes ter a certeza que o tempo em que
estamos com aqueles que nos querem bem é sempre um tempo ganho, como
quem acumula pontos de felicidade para o futuro. Mesmo que seja na lua,
ou cá em baixo, entre os homens, tanto faz o tempo e o lugar, o que
conta é o modo de ser e de amar."
Muito obrigada pela ajuda ontem. Aquela será sempre a nossa casa!
terça-feira, 12 de junho de 2012
E o melhor destas loucuras repentinas, destas maluquices de querer meter-me num carro e fazer 800km de viagem no mesmo dia só para aproveitar a noite dos santos, o melhor é saber que tenho quem me quisesse acompanhar, quem alinhasse nesta loucura e quem, não podendo, faz por garantir que este, afinal, não vai ser um dia como os outros.
Menina e moça
Lisboa nunca foi a minha cidade, nunca vivi lá, nem tenho lá família. Mas sinto-a como parte da minha vida, da minha história. É lá que vivem muitos dos que escolhi para mim, muitos dos meus, foi lá que voltei quando não sabia onde me encaixar aqui, foi lá que me diverti e senti que, afinal, nunca estamos longe uns dos outros enquanto comemos sardinhas e febras e dançamos no meio da multidão nos Santos.
E é lá que eu não vou estar hoje, e agora, que me apercebi disso, que me disseram que sem mim não tem a mesma graça, agora senti um aperto no coração e uma vontade enorme de me meter num carro e ir para a vossa beira.
Quem gosta vem. Quem ama fica.
Costumo ir calada nas viagens. Vou a reparar nos pormenores, nos detalhes, no que se passa lá fora, no que nos passa ao lado na correria do dia-a-dia. E é, quase sempre, nos pormenores que sinto as coisas grandes, é dos pormenores que me lembro tempos mais tarde.
Foi no abraço que recebi à chegada que reparei, na cumplicidade no retocar de pormenores que sempre houve, no entendimento da oração do "Amor tudo crê, tudo suporta". Senti a partilha na casa de banho e no balcão à espera da bebida. Senti a confiança pela preocupação com o GraphPad e o remendar de meias. Senti um nó na garganta de felicidade com os foguetes. Notei lembrarem-se de mim pela lembrança deste dia. Gostei dos "Psssst, cala-te" e da partilha com o possível mal-estar de outro. Diverti-me com o ficarmos as três ali e com os dois abraços logo de manhã (e sim, acho que estou mais ligada a vocês, às vezes até acho que estou a ser cola, mas foi muito tempo em que me fizeram tanta falta). Renovei energias com a praia fria e vazia e com as partilhas que fazem bem.
Foi um dia cheio de pormenores, dos grandes!
terça-feira, 5 de junho de 2012
Consigo perceber se alguém é importante para mim pela minha forma de ser quando estou com ou sem essa pessoa. E, durante uns tempos, deixei de ser eu. Aliás, era eu mas incompleta, faltava ali alguma coisa, aliás algumas duas coisas. E quando percebi que não era isso que queria para mim decidi fazer alguma coisa para mudar.
Apesar do pé atrás, lá no fundo sabia que ia ser bem recebida. E assim foi. Afinal já tinhas um post-it com "You know who I am". E sim, sei. Apesar deste tempo longe, foi por saber quem és que não desisti. E ainda bem. Pusemos a conversa em dia, decidimos que o que lá vai, já foi e que vamos re-construir o nós que agora sinto que nunca desabou.
Voltamos também a ser os três, desta vez para valer. E afinal foi como se nunca nos tivéssemos perdido uns dos outros. Voltei a sentir que "no matter what" vos tenho sempre comigo, tenho sempre para quem correr quando me der essa vontade, quem me dê na cabeça quando preciso e quem me ajude a ultrapassar os dias maus mesmo sem ter de os partilhar. Voltei a sentir o conforto, o aconchego de ser parte de algo maior. E isso, isso é a melhor sensação do mundo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)