Fui
sozinha e adorei ser só eu. Reaprendi a felicidade comigo mesma,
conquistei um lugar onde não conhecia ninguém e construí mais uma parte
da minha família. Viajei, viajei muito. E falei escrevendo, muito
também. Aprendi a ceder uma parte do meu espaço. E cresci.
Londres
e o reencontro com a família. Irlanda e voltar a nós. Suiça e
Luxemburgo e sabermos que depois disto ficamos amigos para sempre.
Berlim e a nossa vida que mudou tanto desde então. Amesterdão muitas
vezes e com uma das pessoas mais importantes da minha vida. Bélgica e a
inesquecível viagem de Qashqai e tudo o que lá vivemos. Utrecht e não
gostar assim tanto porque afinal o que interessa é estarmos juntos. Tive muito orgulho do meus país e divulguei-o intensivamente durante 4 dias.
Fiz
amigos, muitos e pessoas que vão ficar para sempre na minha vida. Fiz
melhores amigos também. E mantive aqueles que já tinha. Estive sempre
presente na vida dos meus, mesmo com tantos kms a separar-nos. Fiz a
diferença naquilo que mais me faz feliz, as pessoas. Apaixonei-me.
Deixei-me levar, aprendi a sermos os dois porque agora sei que "It's
always better when we're together". Cumprimos promessas de infância e
fui madrinha de casamento de uma amiga de sempre. Decidi que sim, que
talvez valesse a pena, e perdi uma pessoa muito importante na minha
vida. Senti que fiz muita falta no dia-a-dia, em especial a alguém com
quem sempre vivi lado a lado.
A
maior certeza que tenho no fim deste ano é que "quando se pertence,
nunca se parte". E isso, isso enche-me o coração daquilo que realmente
importa.