
Quando vires os teus olhos a verem-te, quando não souberes se tu és tu ou se o teu reflexo no espelho és tu, quando não conseguires distinguir-te de ti, olha para o fundo dessa pessoa que és e imagina o que aconteceria se todos soubessem aquilo que só tu sabes sobre ti.
José Luis Peixoto
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Hoje apetece-me o 7º direito

quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Sempre nossa
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Dás-me mais cor
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Brilho (com)sentido #4

sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Final Call
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Cativa-me

"- Quem és tu? - perguntou o principezinho - És bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Anda brincar comigo - pediu-lhe o principezinho - Estou tão triste...
- Não posso ir brincar contigo- disse a raposa- Ainda ninguém me cativou...
- AH! Então, desculpa! - disse o principezinho.
Mas pôs-se a pensar, a pensar, e acabou por perguntar.
- "Cativar" quer dizer o quê?
- Vê-se logo que não és de cá - disse a raposa - de que andas tu à procura?
- Ando à procura dos homens - disse o principezinho. - "Cativar" quer dizer o quê?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu - disse a raposa. - Quer dizer "Criar laços"...
- Criar laços?
- Sim, laços - disse a raposa. - Ora vê, por enquanto tu não és para mim senão um rapazinho perfeitamente igual a cem mil outros rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto eu não sou para ti senão uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti...
Estás a ver aqueles campos de trigo ali adiante?
Eu não gosto de pão e, por isso, o trigo não me serve para nada. Os campos de trigo não me fazem lembrar nada. E é uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da côr do ouro. Então, quando tu me tiveres cativado, vai ser maravilhoso! O trigo é dourado e há-de fazer-me lembrar de ti. E hei-de gostar do som do vento a bater no trigo...
A raposa calou-se e ficou a olhar para o principezinho durante muito tempo.
- Se fazes favor... Cativa-me! - acabou finalmente por pedir.
- Eu bem gostava - respondeu o principezinho, - mas não tenho muito tempo - tenho amigos para descobrir e uma data de coisas para conhecer...
- Só conhecemos o que cativamos - disse a raposa - Os homens deixaram de ter tempo para conhecer o que quer que seja. Compram as coisas já feitas aos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens deixaram de ter amigos. Se queres um amigo, cativa-me!
- E tenho de fazer o quê? - disse o principezinho.
- Tens de ter muita paciência. Primeiro, sentas-te longe de mim, assim, na relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal entendidos. Mas podes-te sentar cada dia um bocadinho mais perto...
O principezinho voltou no dia seguinte.
- Era melhor teres vindo à mesma hora - disse a raposa.
- Por exemplo, se vieres às quatro horas, às três, já eu começo a estar feliz - E quanto mais perto fica da hora, mais feliz me sinto. Às quatro em ponto hei-de estar toda agitada e toda inquieta: fico a conhecer o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca vou saber a que horas hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito...
(...) O principezinho foi ver as rosas outra vez.
- Vocês não são nada parecidas com a minha rosa. Vocês ainda não são nada. Não há ninguém cativado por vocês e vocês não estão cativadas por ninguém. Vocês são como a minha raposa era. Era uma raposa perfeitamente igual a outras cem mil raposas. Mas eu tornei-a minha amiga e, agora, ela é única no mundo.
As rosas ficaram bastante incomodadas. - Vocês são bonitas, mas vazias – ainda lhes disse o principezinho. Não se pode morrer por vocês. Para uma pessoa qualquer, a minha rosa é perfeitamente igual a vocês. Mas, sozinha, vale mais do que vocês todas juntas, porque foi a ela que eu reguei. Porque foi a ela que eu pus debaixo de uma redoma. Porque foi a ela que eu abriguei com o biombo. Porque foi a ela que eu matei as lagartas (menos duas ou três, por causa das borboletas). Porque foi a ela que eu ouvi queixar-se, gabar-se e, até às vezes, calar-se. Porque ela é a minha rosa.
E então voltou para o pé da raposa e disse: - Adeus…
- Adeus – disse a raposa. Vou contar-te o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos...
O essencial é invisível aos olhos – repetiu o principezinho para nunca mais se esquecer.
Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... - repetiu o principezinho para nunca mais se esquecer.
Os homens já se esqueceram desta verdade – disse a raposa. Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável por todo o sempre por aquilo que cativaste. Tu és responsável pela tua rosa...
- Sou responsável pela minha rosa... - repetiu o principezinho para nunca mais se esquecer."
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Naturalmente...

sábado, 18 de julho de 2009
Férias com despedidas

segunda-feira, 13 de julho de 2009
Há gente que fica na história da história da gente

As coisas vulgares que há na vidaNão deixam saudadeSó as lembranças que doemOu fazem sorrir
Há gente que fica na históriaDa história da genteE outras de quem nem o nomeLembramos ouvir
São emoções que dão vidaÀ saudade que trago
Chuva, Mariza
E, em tão curta vida, já tenho muitas lembranças. Das que doem, Mas ainda mais das que fazem sorrir.Hoje foi dia de lembrar muitas delas. As de infância. Que estão sempre. E que, para elas, também estou sempre! São das muitas que ficam na minha história...
Bom de (re)Viver!
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Já cabes na mala
domingo, 5 de julho de 2009
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Saber receber

domingo, 3 de maio de 2009
Até era capaz de me habituar
Aventuras no metro. A busca do Marquês. A vista da casa do Pedro. Conversas com a Freskinha. Visitas nocturnas relâmpago a tudo (Luz e Alvalade, Zoo, Basílica, Parlamento…). Jogo de preencher quadrados com números. Fugas com a Di ao subchefe dos Bs. Fotos no WC. Almoços semi-profissionais. Nigas. Storms. Robinhas.
Muito obrigada pelos momentos. Por estarem e serem! Por fazerem valer a pena as decisões que tomamos. Mostrando a importância do que vivemos para trás e revivemos sempre.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Dei de mim

sábado, 18 de abril de 2009
Hoje resolvi
Sem pensar muito, sem dramas nem recalcamentos. Com um sorriso na cara e uma enorme confiança no eu.
Quando cheguei vi que a decisão tomada há quase 1ano foi a mais acertada. E essa certeza foi-se acentuando... Sobretudo, crescemos! Durante um tempo os dois. E depois sozinhos.
Gostei do que senti. De sentir em mim o perdão e o reconhecimento. Apesar de tudo.
Resta-me continuar a fazer crescer este sentimento e agradecer a quem, mesmo sem saber, me fez tomar esta decisão. (D., Z., F., A., e mts outros)
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Fiquei
Foram mensagens, sentimentos, emoções. Mas as saudades ficaram. Como ficam sempre. E é tão bom saber senti-las e entendê-las, pois elas só existem porque algo de bom aconteceu.
Não foi só isso que ficou. Ficou também a curiosidade e o receio. Do que não aconteceu, do que quero que aconteça, do que tenho medo de acontecer. Descobri sentimentos em mim que não sabia haver. Gostei! Acho que acabei de descobrir e entender o dia que foi o de ontem...
Se na ausência a saudade aperta...
É nas recordações do passado
Que a alegria inunda a alma
Fazendo de cada momento passado
Tão único...
Tão verdadeiro...
Tão nosso!
Grazie mille, bambina. Por estares sempre cá! =D